domingo, agosto 15, 2010

sem um poetalexandrino teu corpo todo
deu prum poeta carente a poesia como festa
o espirito às vezes cede lugar à besta
volta tudo e sempre tem um jeito, é o modo

desistir de quase tudo, cinzas e chamas
até nas praças tentei alento, mel e sono
mas lá é fugaz e completamente pequeno
pra quem foge com sua sede, sua dor e mancha

o sonho da existência, também com ou sem
ser ou ter o que quer que seja com quem quer
todo dia a noite toda pensando se vem

inventou sem querer o ser que agora sou
e por querer, satã me afastou de você
mil desertos e vi só, o mar onde vou