quarta-feira, junho 27, 2012

o que

o que dizer da flor
o que dizer da dor
o que dizer dela
o que dizer da pétala
o que dizer das unhas
imunes macias
desliza
o que dizer agora
o que dizer depois
o que dizer lá
o que dizer de lá
o que dizer porra
o que dizer cara
o que dizer mãe
o que dizer pai
o que dizer ali
o que dizer Waly
o que dizer Bandeira
o que dizer Clarice
o que dizer Gullar
o que dizer Cabral
o que dizer Leminski
o que dizer meu irmão
o que dizer mano
o que dizer brother
o que dizer  Quintana
o que dizer Manoel de Barros
o que dizer Vinícius
o que dizer Ana C
o que dizer Clarice
o que dizer Clarice
o que dizer Drummond
o que dizer Oswald
o que dizer todos todos os que podem e devem ser citados
por falta d
o que dizer
o que dizer do concurso de poesia promovido por um mecenas cenoso
onde meus poemas nada valem
nada valem mesmo

o silêncio
você sabe sem ninguém o amor
o que dizer da vertigem voraz
voando em todos nós
a luz estilhaça a vida
fica o universo
vazio e frio
fica este verso
prova de amor
que nunca existiu

segunda-feira, junho 25, 2012


estranho pra caralho
cada vez que encontro
o equilíbrio caio 

quarta-feira, junho 13, 2012

com sangue
se consegue
com aperto
se desperta